Desastres, como as inundações no Rio Grande do Sul, podem repercutir no bem-estar psicológico e na saúde mental de indivíduos e coletivos, sobretudo em função das múltiplas perdas: ausência de contato ou morte de pessoas da rede socioafetiva, bem como residências, estruturas comunitárias (escolas, igrejas, espaços de lazer), rotinas, trabalho e meios de subsistência.

Frente a todos esses impactos, vulnerabilidades são aprofundadas. As repercussões à saúde e ao bem-estar podem ocorrer por longos períodos, tanto pelo estressor primário (ex., enchentes), quanto pelos estressores secundários (associados à reconstrução, que surgem quando as pessoas tentam recuperar suas vidas, relações interpessoais e bens materiais). 

Trabalhadores que atuam na fase de resposta do desastre atendem a demandas emergenciais de pessoas e suas comunidades, estando expostos a diferentes estressores agudos. Portanto, é importante organizar os processos de trabalho para favorecer o bem-estar, a saúde mental, além do crescimento profissional e pessoal, protegendo os trabalhadores de sofrimentos que podem ser evitados,

A escuta ativa e humanizada é essencial no acolhimento de vítimas em Emergências em Saúde Pública (ESP). Pensando nisso, o Ministério da Saúde lançou a série Saúde Mental e Atenção Psicossocial em Emergências e Desastres. O material inclui cartilhas temáticas e episódios da série "Emergências em Foco".

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